- BY Paula Takahashi
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A cada minuto, 1,7 megabytes de dados são gerados para cada uma das 7,3 bilhões de pessoas do planeta. Por mais incrível que possa parecer, 80% de toda essa infinidade de informações não são estruturadas, se tornando obscuras ou mesmo invisíveis para os sistemas de computação atuais.
O mais preocupante disso tudo é que, até 2020, esse percentual deverá subir para 93%, o que significa que apenas 7% de todos os terabytes gerados realmente terão algum sentido e poderão criar valor. Agora, imagine a quantidade de informações preciosas que estão por trás desse volume gigantesco de dados nebulosos e o que as empresas poderiam fazer com elas.
Apoiado no conceito de inteligência artificial e aprendizagem de máquinas, a computação cognitiva pode mudar esse cenário sombrio. Pioneira e referência nesse mercado, a IBM conta hoje com o IBM Watson, uma ferramenta que funciona de forma muito semelhante ao cérebro humano. Diante de uma informação ou problema, o Watson passa pelas etapas de observação (de fenômenos e evidências), interpretação (para gerar hipóteses) e avaliação (das hipóteses certas e erradas) antes de tomar a decisão final.
Mas como o Watson funciona na prática?
Ao contrário dos sistemas antigos de computação, o Watson é capaz de analisar dados não estruturados e aqui estamos falando principalmente de informações criadas por humanos para humanos como artigos, pesquisas, literatura, reportagens, blog, posts e tweets. Quando se diz que um dado é estruturado, ele é regido por campos bem definidos preenchidos com informações específicas que permitem recuperação automática.
E como o Watson faz isso? Primeiro ele coleta informações úteis sobre um determinado tema como saúde e educação, por exemplo, a partir de conteúdos literários que, posteriormente, são filtrados por profissionais.
Depois de adquirir conhecimento, a ferramenta precisa ser treinada por especialistas para aprender a interpretar as informações, encontrar as melhores respostas e ganhar a habilidade de estabelecer padrões. À medida que interage com as pessoas, continua o processo de aprendizado, ampliando a habilidade de encontrar respostas para as perguntas mais complexas e alimentando um ciclo virtuoso.
Quando está diante de uma informação, a ferramenta entende o contexto, busca compreender a real intenção do que foi dito e tenta extrair respostas lógicas e traçar inferências, utilizando uma ampla variedade de modelos linguísticos e algoritmos.
Esse vídeo da IBM ilustra cada uma dessas etapas.
O que muda com a computação cognitiva?
“As empresas e profissionais terão informações embasadas em dados criados por seus próprios clientes para auxiliá-los a tomar decisões mais acertivas em relação aos rumos do negócio”, antecipa o CEO do CAMSS Group, Hugo Azevedo. Insights e padrões de comportamento que antes estavam escondidos em um amontoado de dados impossíveis de serem interpretados, agora estão ao alcance das mãos e, podem, inclusive, guiar o futuro do mercado de Internet das Coisas.
“Produtos conectados geram volumes absurdos de dados e certamente a computação cognitiva auxiliará as empresas a utilizar essas informações para antever tendências e aprimorarem seus produtos continuamente”, antecipa o IoT Advisor da iotrix, Adolfo Brandão.
Fique ligado nas atualizações do nosso blog. Em breve voltaremos a falar sobre computação cognitiva e os benefícios que pode trazer para os negócios.