15 set 2016
Carro do futuro terá diversas tecnologias que facilitarão a vida do condutor

Em pouco menos de 10 anos, os veículos atingirão níveis de sofisticação, inteligência e conectividade que hoje são encontrados apenas em modelos conceituais expostos nos principais salões de automóveis do mundo.

Com o avanço do mercado de Internet das Coisas, Engenharia Contínua e Computação Cognitiva, os carros de 2025 serão capazes de realizar vários comandos e configurações por conta própria. Quando o motorista assumir a direção, por exemplo, o veículo o reconhecerá e fará, automaticamente, as adaptações de climatização, áudio, assento e até de destinos possíveis baseado nas preferências do ocupante.

“Com o auxílio da Computação Cognitiva, os carros serão capazes de interpretar informações e aprender novos comandos à medida em que as interações forem realizadas. Se o motorista só ouve rock, o veículo passará a tocar o estilo musical quando identificar sua presença. Mas se, de repente, começar a ouvir MPB com mais frequência, o automóvel entenderá a mudança e se adaptará ao novo comportamento sem que seja necessário configurá-lo para isso”, detalha o IoT Advisor da iotrix, Adolfo Brandão.

No levantamento “Automotive 2025: Industry without borders“, especialistas da IBM detalham os resultados de uma pesquisa com 175 executivos de 21 países realizada para avaliar as expectativas em relação às mudanças que serão vivenciadas por essa indústria nas próximas décadas e como as empresas estão se preparando para lidar com esse novo cenário.

No material, são listadas 7 habilidades que os veículos vão adquirir até 2025, criando uma nova relação não apenas com os condutores e passageiros, mas também com os demais carros da frota e até com serviços associados a esse mercado como operadoras de seguro e oficinas mecânicas.

 

Confira o que o carro do futuro será capaz de fazer:

 

Auto-integrado

 

Poderá coletar e utilizar informações de outros dispositivos conectados, obtendo acesso a dados de trânsito, mobilidade, clima e vários outros fatores que estejam associados ao seu entorno. Detalhes sobre condições de direção e informações coletadas a partir de sensores e da localização do veículo poderão alimentar a base de dados de indústrias auxiliares como a de seguros.

Auto-socializável

Segundo os resultados da pesquisa conduzida pela IBM, 57% dos entrevistados acreditam que, até 2025, os veículos serão capazes de se conectar uns com os outros e até com a infraestrutura ao seu redor, compartilhando informações e soluções. Conectado ao amplo universo de produtos com Internet das Coisas, esses carros poderiam estabelecer conexões inclusive com dispositivos de outras indústrias, como a de segurança, por exemplo.

Se os motoristas autorizarem que as câmeras de seus carros estejam conectadas ao departamento local de segurança pública, as imagens coletadas poderiam auxiliar na identificação de pessoas desaparecidas, criminosos fugitivos e beneficiar outros esforços na área.

Auto-configurável

Cada motorista irá gerar informações digitais que definirão sua experiência de direção. A partir desses dados, o veículo irá se adaptar às preferências de cada “persona” no que diz respeito a controles, assentos, áudio e até suas características médicas como tipo sanguíneo e doenças graves.

A ideia é que, mediante a autorização do condutor, o carro seja capaz de coletar informações adicionais do motorista e passageiros como, por exemplo, sinais vitais. Suponha que o motorista tenha algum problema cardíaco e permitiu que o automóvel monitorasse seus batimentos. No caso de ser detectado um risco, como um potencial infarto, o motorista é alertado, o veículo reduz a velocidade automaticamente para facilitar o estacionamento e ainda é capaz de enviar informações adicionais para o hospital sobre a saúde daquela pessoa.

Auto-didata

Por meio da computação cognitiva, os veículos terão capacidade de aprender a partir do comportamento dos motoristas e passageiros frequentes, sempre evoluindo a experiência que proporciona aos ocupantes. Poderá ampliar continuamente seus conselhos sobre serviços de mobilidade, tornando-se cada vez mais acertivo, já que o conhecimento sobre os interesses e preferências dos usuários será cada vez mais profundo.

 

Auto-curável

Os carros serão capazes de, baseados em certas situações e eventos, realizar consertos e otimizações em si mesmos sem a interferência humana. Com capacidade para realizar análises avançadas, os automóveis identificarão e localizarão rapidamente os problemas, agendarão consertos por conta própria e até ajudarão outros veículos em situações similares, sempre com a intenção de causar os menores impactos possíveis ao motorista.

 

Auto-condutor

Os veículos estão se tornando cada vez mais automatizados e já estão incorporando algumas funções autônomas como permanecer dentro do traçado da faixa, por exemplo. Isso significa que, apesar do motorista ainda precisar estar presente, o veículo poderá, cada vez mais, realizar ações que não requeiram a intervenção humana.

A Volvo já está com um projeto avançado de desenvolvimento de carros autônomos e promete disponibilizar a tecnologia para os clientes até 2021. Este ano, a Google anunciou parceria com a Ford e o Uber e seguirá pelo mesmo caminho.

Não é só a indústria automotiva que vai enfrentar grandes mudanças com o advento de novas tecnologias e com a mudança dos padrões de consumo da população – cada vez mais móvel e conectada. Outros segmentos como o de eletrodomésticos e o aeroespacial também passarão por mudanças expressivas nos próximos anos motivados pelas novas tendências tecnológicas. Continue acompanhando o nosso blog para saber mais sobre o que vem por aí.

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