- BY Paula Takahashi
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Quando se fala em inovação, alguns fatores podem rapidamente vir à cabeça dos empresários. Diferencial competitivo é um deles, mas os custos e riscos elevados e o retorno imprevisível para o negócio também figuram entre as considerações mais comuns sobre o tema. Não é por acaso que em momentos de crise profunda, como o que vivemos nos últimos dois anos, os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) sofrem reduções drásticas.
Segundo levantamento da Câmara Americana de Comércio (Amcham) realizado com 100 empresários do setor, 65% reduziram o aporte em inovação no Brasil, movimento que certamente foi seguido por outros setores da economia e pode ajudar a justificar a queda do país no ranking mundial elaborado pela Bloomberg anualmente. Em 2015, o país figurava na 47ª colocação entre as 50 nações mais inovadoras do mundo e este ano sequer foi citado na lista, perdendo espaço para Cazaquistão e Marrocos.
O que pode estar por trás das barreiras para a inovação? Estudo realizado pela IBM indica que 5 fatores ajudam a entender as principais dificuldades enfrentadas pelas empresas.
1 – Recursos inadequados
Direcionar investimentos para inovação geralmente significa tirar dinheiro de programas, atividades e produtos já consolidados e com resultados visíveis. Existe ainda a dificuldade de conseguir este aporte no momento certo, já que as empresas, em geral, trabalham com ciclos de orçamento anuais e, portanto, não têm flexibilidade para fazer mudanças em curso para se adequar às novas demandas e oportunidades do mercado.
2 – Aversão ao risco
A verdade é que nenhum progresso é conquistado sem que se assuma riscos calculados. E inovar certamente envolve situações de risco que muitas empresas não estão preparadas para encarar e, por isso, preferem evitá-las antes mesmo de fazerem qualquer consideração. Ter uma visão clara e embasada dos riscos atrelada a uma análise aprofundada dos benefícios pode ajudar a criar um ambiente de fomento à inovação. “Mas, para isso, é importante que a empresa tenha ferramentas e direcionamento adequado, o que a ajudaria a minimizar perdas e impulsionar resultados”, afirma o IoT Advisor da iotrix, Adolfo Brandão.
3 – Cultura
Fatores culturais enraizados em processos, profissionais e gestores são difíceis de serem revertidos. Geralmente as regras e diretrizes estabelecidas pelas organizações são respeitadas e dificilmente contestadas, mesmo que muitos acreditem que o modelo antigo já esteja ultrapassado. Inovar significa ultrapassar barreiras e criar novos cenários mas, em muitos casos, a cultura da empresa não suporta essas mudanças.
4 – Tempo
Essa é uma commoditie escassa e, por isso, preciosa. Uma das funções da gerência é verificar se as horas estão sendo gastas de forma produtiva. Porém, quando se trata de inovação, muitas vezes é difícil para os gestores provarem que os investimentos em educação dos profissionais e experimentações estão compensando os custos. E é bem possível que o retorno não apareça rápido suficiente para ser medido no tempo estipulado pela empresa para apresentação de resultados junto a investidores.
5 – Cálculos equivocados
Para muitas empresas, receita, lucro e market share são os únicos indicadores que realmente interessam. Porém, fatores intangíveis como reputação, conhecimento, atratividade de talentos, liderança e outros ativos que oferecem grande contribuição para o real valor de uma empresa são desconsiderados. Muitas inovações são realmente difíceis de serem justificadas por meio do cálculo de Retorno do Investimento (ROI). É preciso que as formas de mensuração sejam expandidas e adequadas a determinados produtos e serviços.
Superar esses desafios é fundamental para transformar os negócios e garantir que a empresa esteja sempre preparada para se adequar aos cenários de mercado que estão em constante mudança. “As organizações precisam ser cada vez mais dinâmicas, ágeis, integradas e estarem preparadas para evoluir continuamente”, alerta Adolfo.
Se quiser saber mais sobre inovação, continue acompanhando o blog da iotrix.