Internet das Coisas se refere a coisas conectadas e internet de tudo (internet of everything) engloba coisas, pessoas, processos e dados

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Aparentemente, parece óbvio. Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) refere-se a qualquer objeto que possa ser conectado à internet e com outros aparelhos (explicamos direitinho neste post do que se trata). Já Internet de Tudo (Internet of Everything – IoE) engloba tudo que tenha a mesma capacidade. Apesar dos conceitos claros, falando em voz alta, não parece fazer muito sentido, concorda? Afinal, o que seria esse « tudo » se não os próprios dispositivos a que se refere a nomenclatura mais usual?

« A verdade é que os conceitos são realmente muito parecidos e estão relacionados exatamente à mesma coisa. A diferença está na abrangência. Enquanto o IoT engloba apenas os aparelhos em si como geladeira, ar-condicionado, câmeras e todos os outros que possam enviar e receber dados por meio de sistemas de comunicação, a IoE vai além ao considerar não apenas os objetos como também os dados que circulam, as pessoas e os processos que estão envolvidos diretamente com o universo de dispositivos inteligentes e conectados », detalha o IoT Advidor da iotrix, Adolfo Brandão.

ORIGEM DA IOE

Apesar de ser uma evolução natural da « Internet das Coisas », a origem do termo « Internet de Tudo » é constantemente associada às estratégias de marketing da gigante de tecnologia Cisco. Não vai ser difícil encontrar por aí notícias que falem que a Cisco criou a expressão IoE para garantir seu lugar ao sol nas ferramentas de busca pelo tema. Afinal, competir com IoT se mostrava uma tarefa bem mais árdua.

Suposições de lado, « Internet of everything » abrange quatro fatores fundamentais. Além das coisas/objetos (things) propriamente ditos, inclui pessoas, dados e processos. O termo, portanto, vai além dos dispositivos físicos ao abarcar todo o ecossistema de conectividade que gira em torno desse universo.

Já falamos muito sobre o fator « coisas » em outros posts, por isso, vamos nos ater aos três outros elementos que integram o conceito.

Pessoas

Basicamente são elas que fazem essa engrenagem girar. É para satisfazer necessidades do usuário e criar novas experiências que este mercado evolui constantemente, além do fato de que são esses mesmos usuários que fornecem os dados que alimentam os dispositivos.

« As pessoas estão ligadas umas às outras o tempo todo e, com o avanço das tecnologias de IoT, essas conexões sofrem impactos diretos. Estão sendo criadas novas formas de conectividade capazes de modificar as relações já existentes e até de criar novas interações mais relevantes e valiosas », descreve Adolfo.

Dados

Multiplicados exponencialmente com o advento da IoT, os dados são fundamentais para proporcionar a inteligência inerente aos dispositivos conectados. « A coleta, análise e processamento das informações por meio de analytics e computação cognitiva constitui a alma da Internet de Tudo. Somente por meio da geração desses dados é que os aparelhos são capazes de proporcionar experiências únicas aos usuários, facilitar a tomada de decisões e aumentar o controle dos mecanismos, garantindo resultados mais relevantes », acrescenta o IoT Advisor da iotrix.

Processos

É o pilar da IoE que considera o valor que todo esse ecossistema gera para pessoas e empresas. São, portanto, os benefícios que os sensores podem trazer para as indústrias, por exemplo, ou os impactos que os aparelhos de rastreamento de atividades físicas têm sobre a saúde.

« Trata-se de estabelecer os processos adequados que possam aumentar a relevância das relações e aumentar o valor gerado. É como a Cisco costuma dizer: a informação correta entregue para a pessoa ou dispositivo correto no momento certo e da forma mais apropriada possível », resume Adolfo.

“Portanto, IoE parece considerar IoT e o seu contexto, onde estão seus outros pilares além das coisas: pessoas, processos e dados. Assim sendo, vai além dos termos mais ligados a IoT como M2M, hardware e software embarcado, permitindo melhor integração entre IoT e arquiteturas corporativas e industriais, processos sociais e cidades inteligentes”, acrescenta Adolfo.

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