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Quantos dispositivos conectados você tem em casa? Exclua da conta computadores, tablets e aparelhos celular. Estamos falando aqui de ar condicionado, geladeira, câmera de segurança, sistema de iluminação, portão da garagem, carro, televisão, relógio, videogame, enfim, qualquer aparelho – à exceção dos tradicionais – que possa ser conectado à internet.

Bom, se a sua resposta for zero, um ou até dois dispositivos, não se assuste. Apesar de a Internet das Coisas figurar entre as maiores promessas tecnológicas dos últimos tempos, sua presença no dia a dia da população em geral ainda está longe dos números meteóricos estimados em pesquisas de mercado.

Segundo o levantamento “Deloitte Mobile Consumer 2016”, que acabou de ser divulgado pela multinacional de auditoria e consultoria, apenas 1% dos consumidores do Reino Unido com idade entre 18 e 75 anos possuem pelo menos dois dispositivos conectados em casa. A fatia sobe para meros 6% entre aqueles que possuem pelo menos um aparelho doméstico conectado.

Gráfico mostra percentual de pessoas que tem dispositivos IOT em casa - Pesquisa Deloitte Mobile Consumer 2016

Aqui vale abrir um parêntese. Quando o estudo fala de entretenimento conectado, está se referindo a consoles de videogames, televisões e aparelhos de som e de vídeo streaming. O termo “pessoas conectadas” indica relógios inteligentes e dispositivos para a prática de atividade física que rastreiam dados como tempo de sono, passos, distância percorrida, queima colórica… Finalmente, as casas conectadas estão associadas a eletrodomésticos, veículos e ao sistema de iluminação.

Parêntese fechado, é possível identificar, no gráfico abaixo, quais dispositivos IoT fazem mais sucesso entre os consumidores.

Gráfico mostra percentual de equipamentos IOT que as pessoas tem - Pesquisa Deloitte Mobile Consumer 2016

Os números deixam claro que, hoje, o entretenimento é a forma de acesso à Internet das Coisas mais comum entre a população. “Afinal, os videogames mais avançados e desejados são necessariamente conectados, assim como as televisões, que dificilmente chegam ao mercado hoje sem o recurso de acesso à internet”, observa o IoT Advisor da iotrix, Adolfo Brandão. O mesmo não acontece com relógios, eletrodomésticos em geral e o sistema de iluminação das casas.

“Nesses últimos casos, as pessoas ainda encontram diversas opções tradicionais que atendam às suas necessidades. Além desses aparelhos serem mais caros, os consumidores ainda não têm uma percepção clara de valor desses produtos”, reconhece Adolfo.

Resultado: a intenção de compra de dispostivos IoT n os próximos 12 meses – até junho de 2017, segundo a pesquisa – ainda patina. No gráfico abaixo, os entrevistados foram questionados se estão cogitando adquirir algum dos produtos citados neste período e revelam números não muito animadores.

Gráfico intenção de compra dispositivos IOT - Deloitte Mobile Consumer 2016

 

CUSTO-BENEFÍCIO

Para explicar porque ainda é difícil pensar na Internet das Coisas como parte indissociável da vida das pessoas – como o celular é hoje – listamos os motivos que acreditamos estarem por trás da adoção ainda lenta dessas novas tecnologias.

Primeiro: o custo-benefício. “Produtos conectados são muito caros pelos poucos benefícios percebidos pelos consumidores. Ainda é muito limitado o número de pessoas que realmente estão dispostas a gastar 50% a mais em uma geladeira para que ela envie a lista de compras ao supermercado”, reconhece Adolfo.

O grande desafio dos fabricantes é tornar esses produtos verdadeiramente essenciais para a solução de problemas reais dos consumidores, fazer com que agreguem valor e, ao mesmo tempo, reduzam os custos de produção.

“Existem duas possibilidades: ou cria-se dispositivos úteis que atendam necessidades claras dos clientes e vá além do luxo ou torna-se a Internet das Coisas um padrão de produção. No primeiro caso, as pessoas enxergariam as vantagens e aumentariam a predisposição para a compra. No segundo, aconteceria o mesmo que ocorreu com os videogames e televisões. O fato de não ser mais um diferencial ou upgrade, reduziu os custos e aumentou o acesso”, pondera Adolfo.

CONECTIVIDADE

Criar padrões que facilitem a conexão entre dispositivos de fabricantes distintos é outro ponto que requer atenção. “As pessoas querem controlar seus aparelhos a partir de uma única plataforma e não ter uma para cada dispositivo como ocorreria atualmente”, afirma Adolfo.

É importante lembrar que a maior parte dessa discussão gira em torno do cliente final e tem pouca aplicação à realidade da indústria, onde a Internet das Coisas está transformando processos e revolucionando linhas de produção. Nos próximos posts vamos mostrar como indústrias dos mais diversos setores estão se beneficiando com as tecnologias na era IoT.

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