- BY Paula Takahashi
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Como consumidor, é claro que você quer saber as facilidades que o mercado de Internet das Coisas vai trazer para o seu dia a dia. Aparelhos eletrônicos, roupas, óculos, relógios e vários outros dispositivos estão sendo conectados para tornar a sua vida mais fácil.
Mas já pensou nos impactos que essa revolução tecnológica vai causar nas indústrias? Corte de custos, otimização de recursos, aumento da segurança nas operações, melhoria dos processos, agilidade na tomada de decisões e maior precisão de informações são apenas algumas vantagens relatadas por negócios que já estão vivendo nessa nova era da Internet das Coisas. Mesmo que o impacto para o consumidor final não seja direto, é natural que, se a indústria se beneficia, toda a cadeia sai ganhando.
A multinacional de seguros AIG fez um levantamento com diversas empresas que já incorporaram a Internet das Coisas nas operações e estão colhendo os resultados. No relatório: Companies leading the connected economy, gigantes como a John Deere (máquinas e implementos agrícolas e equipamentos de construção) e a produtora de caminhões alemã Daimler estão investindo pesado no que garantem ser o futuro do mercado.
No levantamento, estima-se que US$ 870 bilhões serão gastos pela indústria apenas este ano para tornar os dispositivos conectados. Separamos três exemplos para que você possa saber um pouco mais sobre a aplicação da Internet das Coisas na indústria e os ganhos que pode trazer para diversos segmentos de negócio.
Indústria marítima Ericsson
Para conectar seus navios a uma plataforma unificada, a Ericsson lançou a solução: Ericsson Maritime ICT Cloud platform. A tecnologia permite que as embarcações se conectem à mesma rede, garantindo, de forma revolucionária para este setor, o compartilhamento de informações em todo o ecossistema organizacional.
Sensores monitoram desde a localização e velocidade dos navios até o estado e a temperatura dos containers refrigerados. O sistema ainda promove conectividade em praticamente todas as etapas da cadeia de suprimentos já que oferece aos stakeholders da indústria a possibilidade de obter e analisar informações em tempo real fornecidas desde o depósito até o destinatário final.
« Ao conectarmos toda a cadeia de suprimentos em um sistema única e integrado, conseguimos alcançar um nível de eficiência sem precedentes desde o depósito até o consumidor. O sistema também permite que nossos navios sejam mais seguros e gastem menos já que fornece análises de dados em tempo real sobre potenciais perigos e ineficiências », avalia o diretor de transporte, Douglas Watson.
Human Condition Safety (HCS)
A startup norte-americana utiliza a Internet das Coisas para criar um ambiente de trabalho mais seguro para os trabalhadores. Recentemente, adaptou a tecnologia utilizada em roupas voltadas para a prática de esportes de alta-performance para reduzir ou, até mesmo, eliminar riscos comuns em indústrias como a de energia e construção pesada.
Em um canteiro de obras, por exemplo, se um trabalhador que está usando a roupa com o sensor da HCS entrar em uma zona perigosa (como um ponto cego em torno de uma máquina pesada, por exemplo) o sistema alerta o profissional para que busque um local mais seguro ou pode, até mesmo, desligar a máquina automaticamente, evitando um acidente. A ferramenta também fornece dados sobre as condições atmosféricas que permitem tomar decisões sobre a realização de trabalhos em altura.
Otoy, construção civil
A empresa californiana já utiliza tecnologia de realidade virtual para simular como diferentes objetos reagem em cenários variados. Agora, avança para a utilização da Internet das Coisas na arquitetura e construção de edifícios.
Entre as possibilidades de negócio está a utilização de sensores conectados para coletar dados precisos e em tempo real de condições atmosféricas, incluindo iluminação, vento e temperatura.
Esses dados seriam combinados com inputs de diversos objetos que podem ser utilizados em um projeto. Desta forma, seria simulada a performance desses insumos em condições muito próximas das quais serão submetidos durante a construção. A empresa criaria então um modelo digital e conduziria simulações realistas para ajudar na tomada de decisões que vão desde o melhor modelo e material de janela para alcançar eficiência energética até quais métodos e materiais aumentarão a proteção contra inundações.
Conhece algum outro exemplo inspirador? Nos conte nos comentários.